Shayene Cesário (Foto: R2assessoria / Divulgação)
Estados falidos, déficit nas contas públicas e altos índices de desemprego. A crise é geral e não poupou o carnaval, nem suas musas. Tem gente economizando em penas – um dos itens mais caros das fantasias -, pedindo desconto e parcelando as fantasias com os estilistas ou mesmo deixando de desfilar, como é o caso de Jéssica Lopes, a Peladona de Congonhas.
A loira, que este ano desfilou mesmo convalescendo de uma cirurgia pela Império de Casa Verde, em São Paulo, abriu mão de brilhar na Avenida me 2017 por falta de grana.
“Estava conversando com uma escola do Rio de Janeiro para ser rainha. Queria muito. Seria inédito para mim, mas este ano, por causa da crise, eles pediram um valor mais cedo, bem antes do desfile. Coloquei na ponta do lápis e resolvi deixar para outra oportunidade. Já desfilei em São Paulo por duas escolas e gastei R$ 100 mil nas duas fantasias”, conta ela, que recebeu ajuda de patrocinadores para confeccionar as peças, mas que em 2017, por causa da crise, ninguém está fornecendo nada.
“A fantasia será economicamente muito inferior à dos anos anteriores. Terá um tule invisível, um tecido transparente muito barato. Não terá penas, não terá estrutura de ferro, nem cabeça. Apenas muita criatividade. É a fantasia mais barata que já usei. Dei sorte”, conta.'Prefiro não fazer parte do carnaval que fazer feio'
“Já tive patrocínio de pedras, penas. Mas este ano não tem nada. Se é para desfilar, tem que vir bem. Não dá para vir com plástico nas costas no lugar das penas de faisão. Prefiro não fazer parte do carnaval do que fazer feio”, diz ela de fora da festa.
Outra musa que já investiu bem, mas anda economizando, é Shayene Cesário. Ela, que já foi rainha do carnaval do Rio, rainha de bateria da Estácio de Sá e atualmente desfila na Portela, também vai ser mais comedida no quesito fantasia luxuosa.
Shayene conta que deu sorte, e que no enredo da Portela que vai falar sobre água, ela virá de sereia e estará livre de ter que comprar penas.
Mesmo não tendo que comprar materiais caros, Shayene admite ter parcelado o valor da fantasia de 2017. “Não pedi desconto, mas foi parcelado”, diz ela, que acredita que este será o carnaval do corpão bonito e da criatividade.
Cris Alves (Facebook/Magaiver Fernandes): a rainha
do parcelado no cartão
do parcelado no cartão
Fantasia de rainha de bateria e de musa para pagar
Outra que também parcelou foi Cris Alves, musa do Salgueiro e rainha de bateria da Acadêmicos do Sossego – escola do grupo A do Rio de Janeiro.
Com duas fantasias para fazer, Cris diz que não tem vergonha de parcelar em até 12 vezes se deixarem, de pedir desconto e ir atrás de materiais mais baratos.
“Faço sempre com o mesmo estilista, que me conhece desde criança, então ele aceita que eu parcele. Em geral, pago em três, quatro vezes, mas se pudesse faria em 12 e em vários cartões”, brinca Cris, que estima gastar entre R$ 18 mil e 20 mil na fantasia de rainha, e está sem base para estipular um valor para a fantasia de musa do Salgueiro.
“Vou vir de um jeito muito diferente, com um material nunca usado. Por isso não sei quanto vai custar. Mas acho que vai ser mais cara. Aqui vai ser tudo novo, sem nada reciclado”, diz.
Outra que também parcelou foi Cris Alves, musa do Salgueiro e rainha de bateria da Acadêmicos do Sossego – escola do grupo A do Rio de Janeiro.
Com duas fantasias para fazer, Cris diz que não tem vergonha de parcelar em até 12 vezes se deixarem, de pedir desconto e ir atrás de materiais mais baratos.
“Faço sempre com o mesmo estilista, que me conhece desde criança, então ele aceita que eu parcele. Em geral, pago em três, quatro vezes, mas se pudesse faria em 12 e em vários cartões”, brinca Cris, que estima gastar entre R$ 18 mil e 20 mil na fantasia de rainha, e está sem base para estipular um valor para a fantasia de musa do Salgueiro.
“Vou vir de um jeito muito diferente, com um material nunca usado. Por isso não sei quanto vai custar. Mas acho que vai ser mais cara. Aqui vai ser tudo novo, sem nada reciclado”, diz.